domingo, 30 de outubro de 2011

VOCÊ ACREDITA NA HIPNOSE?

Imagine-se em uma sala silenciosa, com luz opaca, sentado em uma cadeira confortável, com seus botões afrouxados e a musculatura relaxada. A partir daí, concentrado em si mesmo e coma sensibilidade aguçada pela quietude do ambiente, você dispõe-se a presta uma profunda atenção às pontas de dedos da mão direita de um hipnotizador que de maneira calma, começa a premeditar seu transe: - Estou reparando que estamos indo depressa demais... Sua respiração está mais pausada... Suas pálpebras estão pesadas... Penso que você vai sucumbir... A voz do hipnotizador é segura e ao mesmo tempo suave. Ele não se abala diante de seu ceticismo. Não demonstra qualquer indicio de ansiedade. Com total controle da situação, começa a desbravar seu inconsciente.
            E aí, você acredita na hipnose? O escocês, James Braind no inicio do século XVIII, foi o criador do termo e o primeiro a estudar o hipnotismo de maneira cientifica. Mas foi com M. Charcot e, posteriormente, Sigmund Freud que essa técnica terapêutica ganhou fama em vários países da Europa. Entretanto, essa “respeitabilidade” não foi suficiente para atenuar a desconfiança da comunidade cientifica. Mesmo no auge de sua aceitação, quando Charcot e Freud curavam de histéricos a mães que não conseguiam produzir leite para amamentar seus filhos, os mesmo só eram convocados pelos familiares do enfermo quando todas as outras formas de tratamento haviam falhado.
            Embora Freud negasse a eficácia da hipnose no tratamento das patologias de caráter orgânico e não pudesse ser dosada pelo hipnotizador, ele a indicava, sobretudo, pára as doenças nervosas puramente funcionais e de origem psíquica como a histeria e a dependência de tóxicos entorpecentes. Hoje em dia, a técnica é utilizada até em consultórios odontológicos e fisioterápicos.
            Afora os doentes mentais e os degenerados e mais recentemente, os esquizofrênicos, todo individuo é hipnotizável. Todos os métodos, bem como as contra-indicações estabelecidas há mais de cem anos por esses dois grandes gênios da humanidade (M. Charcot e Sigmund Freud) ainda são as bases fundamentais para a aplicação da hipnose.
            No Brasil, atualmente, ela é largamente utilizada. A própria comprovação da eficácia e o desgaste de algumas abordagens psicológicas têm favorecido o seu fortalecimento nos grandes centros do país. Em Jequié, especificamente, desconheço a existência de algum especialista na área.
            Não obstante, o padre Quevedo, um dos maiores hipnotizadores deste país, esteve em nossa cidade, por volta de 1999, a convite da Paróquia Nossa Senhora das Graças, para ministrar um curso de parapsicologia. Na oportunidade, diante de todos, ele hipnotizou alguns voluntários e fez algumas demonstrações de resistência física que comprovaram o profundo estado de anestesia e inconsciência destas pessoas. A exemplo de um senhor que, depois de hipnotizado, foi posto deitado sobre duas cadeiras, e golpeado na barriga por diversas vezes sem manifestar nenhum sinal de dor ou desconforto.
            Contudo, se o caro leitor tiver a curiosidade e a oportunidade de passar por uma experiência semelhante, vale à pena seguir a risca os conselhos da psicanálise, que dizia que é preciso conhecer o histórico do profissional, além de assistir em um set terapêutico uma sessão, antes de submete-se ao processo, pois, depois de hipnotizado, você ficará a mercê dos comandos dos técnicos que, por um desvio de caráter, poderá aproveitar o seu estado de inconsciência para, conscientemente praticar algum tipo de abuso físico ou mental. E não adianta desejar a companhia de alguém no consultório, porque quando aplicada para fins de tratamento psicológico, a presença de outra pessoa inviabiliza a cura, pelo menos é isso que Sigmund Freud – o maior hipnotizador da história – atestou.
Lucas Ribeiro
Coordenador Geral do GAPS.

sábado, 29 de outubro de 2011

GAPS – Promoverá mesa redonda no Colégio Polivalente.

No próximo dia 1º de novembro acontecerá no Colégio Estadual Polivalente em Jequié, nos turnos matutino e vespertino, uma mesa redonda organizada pelo GAPS intitulada: Violência no ambiente escolar: causas e conseqüências.  Objetivava-se com esta iniciativa, debater as possíveis causas e conseqüências dos recorrentes casos de violência no contexto escolar, que vem tomando conta dos noticiários e tirando a paz de educadores e educandos. A mesa será formada por membros do GAPS que vem estudando, debatendo e pesquisando o referido tema de maneira coletiva e intensa, buscando construir mecanismos que possibilite atenuar a incidência de atos violentos dentro e fora do ambiente escolar. Aproveitamos a oportunidade para agradecer a direção do Colégio Estadual Polivalente de Jequié por nos propiciar esta singular experiência.

sábado, 22 de outubro de 2011

FUGA X ENFRENTAMENTO

MESA REDONDA DEBATE A IMPORTÂNCIA DA LUDOTERAPIA.

Aconteceu na noite de ontem, dia 20 outubro, no auditório da FTC, uma mesa redonda intitulada: Ludoterapia – Multiplos Olhares, que abordou a importância da ludoterapia para o tratamento psicológico de crianças. Brilhantemente organizado pelos estudantes de psicologia do 8º semestre, o evento contou com uma grande participação dos discentes do curso e com irrestrito apoio da coordenação da faculdade. Para além de sua utilidade acadêmica e fomentativa, acrescenta-se aí a grande ideia dos organizadores de solicitar aos inscritos, a doação de brinquedos para serem integrados ao acervo da clinica escola de psicologia. A mesa de debate foi composta pelos psicólogos (as): Samuel Fazendeiro, Angélica Calefano e Camila Tavares. O GAPS – parabeniza os estudantes do 8º semestre pela nobre iniciativa e agradece a direção da FTC por oferecer aos seus estudantes as condições necessárias para a realização de eventos desta natureza.

MESA REDONDA SOBRE LUDOTERAPIA ARRECADA BRINQUEDOS PARA CLINICA ESCOLA DE PSICOLOGIA.


Estudantes de psicologia doando brinquedos na noite do evento. Segundo a comissão organizadora, a quantidade arrecada superou todas as expectativas. A Clinica Escola de Psicologia da FTC agradece!

domingo, 16 de outubro de 2011

Jequié realizou a V Conferência Municipal de Cultura.


foto: GICULT

A inserção do jovem em projetos culturais que o possibilite desenvolver seu potencial criativo e lhe ofereça condições para produzir algo de significativo e representativo para a sua vida é de extrema importância para a constituição de uma sociedade mais justa e promissora. Numa cidade como Jequié, que padece pela sua incipiente produção cultural, e mais ainda, pelo diminuto ou quase nenhum envolvimento de crianças e jovens em projetos culturais que de fato tenham uma relevância social é algo preocupante. Se levarmos em consideração a grande quantidade de espaços culturais que a cidade possui: museu, biblioteca, velas culturais, teatros e tantos outros, a situação fica ainda mais difícil de ser compreendida. Esses espaços deveriam ser dinamizados, nossos jovens poderiam, inclusive, fazer parte desse processo de revitalização, desde quando fossem vistos como parte constituinte e pensante.
A Conferência Municipal de Cultura de Jequié, realizada nos últimos dias 14 e 15 de outubro, deveria ser o momento adequado para que a sociedade civil organizada e o poder público municipal debatesse essas questões e estabelecesse estratégias viáveis de superação dessa realidade, doravante, o que presenciamos foi uma conferência desorganizada e recheada de momentos confusos onde os representantes governamentais não se entendia com os articuladores culturais, ocasionando cenas bastantes constrangedoras.  Ressalto o empenho do pequeno público presente que, embora não tenha sido devidamente ouvido pelos  representantes  do executivo, tentou fomentar propostas interessantes para ser levada a conferência estadual que acontecerá em Salvador.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Você sabe o que é DDA?

O DDA (distúrbio de déficit de atenção) acomete quase um terço da população mundial. Estudos feitos com base nas características comportamentais de alguns dos grandes gênios de nossa história – Leonardo da Vinci, Ludwing van Beethoven, Albert Einstein e Fernando Pessoa, por exemplo -, acusam fortes indícios para este diagnóstico. A pessoa com distúrbio do déficit de atenção apresenta uma redução da capacidade no lobo frontal e/ou filtrar os estímulos ou respostas impróprias, vindas das diversas partes do cérebro. Isso acentua, de maneira substancial, o grau de hiperatividade, impulsividade e desatenção no comportamento do individuo. Pessoas que são taxadas de bagunceiras, irresponsáveis ou desatentas, podem ser portadoras dessa disfunção.
O cérebro de uma pessoa com DDA funciona a uma velocidade muito maior do que a de um indivíduo “normal”. O mesmo sofre ainda com a imensa quantidade de idéias que a todo instante aporta em sua mente. A necessidade de está desenvolvendo milhares de coisas ao mesmo tempo é incontrolável, não dá para relaxar nem mesmo na hora de dormir, afinal, como é possível acalmar um cérebro a mais de 200 Km/h? A maioria dos portadores desse transtorno sofre da Síndrome das Pernas Inquietas, ou seja, uma constante inquietação das pernas que pode ocorrer tanto quando a pessoas estiver dormindo ou acordada, embora seja mais comum no primeiro caso.
Outra característica marcante do DDA clássico é o alto nível de inteligência que eles apresentam. A maioria deles são sujeitos de muita criatividade: diferenciam-se por sua ampla capacidade de ter idéias, por serem inquietos e extremamente talentosos ao que se propõe fazer. Embora tenha dificuldades de se concentrar sobre determinadas matérias, os mesmos podem, paradoxalmente,  apresentar uma característica que é que é exclusiva dos grandes gênios: o hiperfoco, que significa uma incrível capacidade de se compenetrar sobre algo que se identifique, abstraindo daí, o substrato de sua criação. Proporcionalmente falando, são tão inteligentes quanto desorganizados, tão criativos, quanto irresponsáveis.
Quando Voltaire, em meados do século XVIII disse “não está ocupado e não existir é a mesma coisa” e que “todas as pessoas são boas, exceto as ociosas” parece que ele estava querendo consolar o portador de DDA, já que eles não param nunca, sobretudo, quando crianças. Fase está que, assim como na adolescência, exige uma atenção mais criteriosa dos pais.
Caso o caro leito esteja reconhecendo alguém ou a si mesmo como um possível portador desta disfunção psíquica, é necessário que recorra a um especialista (psicólogos ou psiquiatras) que o possa auxiliar no controle de sua impulsividade e hiperatividade, a fim de um melhor aproveitamento de suas potencialidades.
Lucas Ribeiro Novaes
Membro do GAPS  



Violência no ambiente escolar será tema de Mesa Redonda promovida pelo GAPS.

Não são poucos os casos de extrema violência noticiados pela grande mídia no ambiente escolar, bastante recorrentes, estes casos têm tomado conta de nosso noticiário e instaurado no seio da família brasileira uma enorme sensação de insegurança, algo que o sociólogo Zygmunt Bauman vai nomear de “medo secundário”, ou seja, uma desagradável sensação de temor que não pode ser evidenciada empiricamente, tendo em vista que a mesma é subjetivada nas nossas experiências cotidianas. Assassinatos, agressões físicas graves, comercio ilegal de drogas, prostituição e tantos outros tipos de condutas inadequadas compõe o escopo desse quadro aterrorizante.
Nesse sentido, a Coordenação Geral do GAPS se reuniu neste último sábado, dia 1º de outubro, para tomar algumas decisões acerca de uma Mesa Redonda que será promovida pela entidade para discutir essa questão dentro da academia, e posteriormente, estenderemos o debate para o interior das escolas juntamente com os alunos e os professores. Não buscaremos elaborar novos métodos coercitivos, mas fomas possiveis de se relacionar com a “violência”, com essa energia que pode ser resinificada e potencializada.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Reunião do GAPS

Membros da direção do GAPS reuniram-se neste último sábado, dia 1º de outubro, para acertar algumas questões de ordem estatutária e administrativa da entidade. Em um ambiente bastante descontraído, os componentes do grupo tomaram algumas decisões no intuito de legitimar suas futuras ações sociais e acadêmicas. Na oportunidade, ficou acertada também a elaboração do edital que permitirá à inserção de novos membros na entidade.

JEQUIÉ SEDIA 2ª CONFERÊNCIA TERRITORIAL DE JUVENTUDE DO MÉDIO RIO DE CONTAS NO COLÉGIO LUIZ VIANA FILHO.

Jequié sediou, no dia 2 de outubro, no auditório do Colégio Luiz Viana a 2º Conferência Territorial de Juventude do Médio Rio de Contas. Afora o atraso absurdo do Secretário Estadual de Relações Institucionais Paulo Cesar Lisboa que só chegou ao local do evento após quase três horas do horário combinado, o que se converte numa imensa falta de respeito com o público presente, posso afirmar que todas as outras atividades desenvolvidas no dia foram muito proveitosas. Diversas representações das cidades que compõe a Região do Médio Rio das Contas estiveram presentes; assuntos da mais alta relevância foram debatidos no intuito de fomentar as leis que possam promover e proteger os direitos da juventude brasileira, não obstante, a oportunidade serviu para eleger os delegados territoriais que irão representar suas cidades na conferência estadual e consequentemente na federal em Brasília.
Questiono a ausência do prefeito municipal e da Câmara de Vereadores que não enviou nenhum representante, algo bastante sintomático se levarmos em consideração a atual situação da educação e da aplicação das políticas públicas que protejam os direitos da juventude em nosso município.
Os trabalhos foram abertos com uma interessante encenação teatral com dois jovens atores que enfatizaram a importância da conscientização juvenil quanto aos seus direitos e deveres de cidadãos. O evento também foi palco de mais uma manifestação dos estudantes da UESB que aproveitaram a oportunidade para mandar mais um recado ao governador do estado. Contudo, a 2º Conferência Territorial de Juventude do Médio Rio de Contas não foi prejudicada com a as manifestações improvisadas dos estudantes da UESB, os trabalhos transcorreram na mais tranqüila ordem, sem nenhuma implicação que comprometesse as atividades. Esperamos que, a partir dessas deliberações o Brasil passe a aplicar na prática as prerrogativas que vem sustentando na teoria.