sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Violência no ambiente escolar é tema de Seminário

A realidade da violência vivenciada no ambiente escolar tem preocupado pais, educadores e também autoridades. As notícias veiculadas na mídia demonstram o quão frágil é o sistema educacional para o enfrentamento dessa realidade. Além disso, as políticas públicas nessa área são deficitárias e tem contribuído para o aumento dos índices de violência.

É com o objetivo de discutir essa temática e propor possíveis soluções, que o Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente da Uesb, em parceria com a ONG Transformando Sonho em Realidade, promove o “I Seminário Sobre Violência no Ambiente Escolar do Sudoeste Da Bahia”, que acontece no dia 6 de outubro, no auditório da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista. 

O Seminário conta com a presença de diversas autoridades e especialistas da área da infância e adolescência. As inscrições podem ser feitas na sede do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente, localizado na rua 10 de novembro, nº 163, Centro, em Vitória da Conquista. Mais informações pelo telefone (77) 3421-0939.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Meus pais são bipolares

Reproduzimos abaixo um excelente artigo do psicanalista Contardo Calligaris publicado na última quinta-feira na Folha de São Paulo:

Meus pais são bipolares

Por Contardo Caligaris

O termo "bipolar" se tornou corriqueiro na boca dos adolescentes. Não é que eles citem diagnósticos psiquiátricos, no estilo "sabe, minha mãe toma remédio porque os médicos dizem que ela é bipolar".
Nada disso; para eles, o termo é a descrição genérica de um estado de espírito dominado por altos e baixos radicais. Além disso, muitos adolescentes acham que, hoje, ser bipolar é a regra.Não acho ruim que termos clínicos se vulgarizem e entrem na linguagem comum. Só me preocupa o fato de que, às vezes, psiquiatras e psicólogos adotam essa vulgarização, confundindo a tristeza banal com o transtorno depressivo ou, então, variações do humor banais com o transtorno bipolar.
Com isso, claro, a indústria farmacêutica faz a festa, pois vende antidepressivos a pessoas que estão apenas tristonhas ou morosas e estabilizadores do humor a pessoas que são apenas mais alegres pela manhã do que à noite. Seja como for, talvez os adolescentes tenham razão. Talvez a bipolaridade, além de um transtorno para alguns, seja hoje um traço da personalidade de todos nós. Por quê? Um pequeno desvio para responder.
Existe um grupo de trabalho encarregado de revisar o "Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos Mentais", cuja quinta versão ("DSM V") será publicada em 2013. Esse grupo manifesta periodicamente suas decisões e seus pensamentos no site www.dsm5.org. Foi assim que em 2010, se não me engano, soubemos que o "transtorno da personalidade narcisista" sumiria da próxima versão do "Manual". Tanto mais bizarro que, aos olhos de muitos (assim como aos meus), a personalidade narcisista, longe de estar extinta, é a que melhor resume a subjetividade contemporânea. Antes de defini-la, vamos ver quais foram às reações.
As más línguas observaram que sempre somem os transtornos contra os quais a indústria farmacêutica não tem remédios para vender (não existe pílula para transtorno narcisista, enquanto existem várias para bipolaridade e depressão). 
Outros, considerando que o transtorno da personalidade narcisista coincidiria com o espírito de nossa época, acharam normal que ele não fosse mais considerado como uma patologia. Enfim, muitos psicanalistas (sobretudo alunos de Heinz Kohut e de Otto Kernberg, grandes intérpretes do narcisismo) protestaram, e eis que, numa revisão de 21 de junho passado, o transtorno narcisista reapareceu no "DSM" (http://migre.me/5JNlu). 
Em síntese, o narcisista não é, como sugere a vulgata do mito de Narciso, alguém apaixonado por si mesmo ou por sua imagem no espelho. Ao contrário, o problema do narcisista é que ele depende totalmente dos outros para se definir e para decidir seu próprio valor: ele se orienta na vida só pela esperança de encontrar a aprovação do mundo.
Infelizmente, nunca sabemos por certo o que os outros enxergam em nós. Às vezes, o narcisista se exalta com visões grandiosas de si, ideias infladas do amor e da apreciação dos outros por ele; outras vezes, ao contrário, ele despenca no desamparo, convencido de que ninguém o ama ou aprecia. 
Ora, a modernidade é isso: um mundo sem castas fixas, onde cada um pode subir ou descer na vida justamente porque seu lugar no mundo depende da consideração (variável e sempre um pouco enigmática) que os outros têm por ele. 
Ou seja, a modernidade nos predispõe a um transtorno narcisista permanente e, no coração dessa personalidade narcisista (sina de nosso tempo), há uma oscilação bipolar. O adolescente tem razão: a bipolaridade talvez seja especialmente manifesta nos pais. Como disse, na sociedade moderna, só somos o que os outros reconhecem que sejamos, e os pais não são uma exceção a essa regra. 
Nem lei simbólica, nem legado divino, nem provas genéticas bastam para me transformar em pai ou mãe de meus filhos. Hoje, para eu ser pai ou mãe, é preciso que os filhos me reconheçam como tal, ou seja, sem o amor e o respeito de meus filhos, eu não serei nem pai nem mãe.
Consequência: todo pai moderno é condenado à bipolaridade, entre a felicidade de ser genitor e uma consternadora queda do alto dessa nuvem. Se ele tenta educar, corre o risco de não ser mais amado e, portanto, de não ser mais pai. Se desiste de educar para ser amado, corre o risco de não ser mais respeitado -ou seja, novamente, de não ser mais pai. É isso: os pais são bipolares.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Avenida Santa Luzia pede socorro!


Lucas Ribeiro

Não é de hoje que a Avenida Santa Luzia situada no bairro do Joaquim Romão converteu-se em um dos mais perigosos perímetros urbanos de Jequié, sobretudo à noite, quando uma quantidade infinita de viciados em crack transita pela mesma estabelecendo o medo e a insegurança entre moradores e transeuntes de outras imediações. Ressaltamos que, entre esses viciados, destaca-se um número bastante expressivo de jovens e crianças que, sem ter para onde ir integram-se em meio a essa realidade destrutiva e porque não dizer, contraditória, tendo em vista que o governo municipal vem divulgando factóides que relatam outra realidade.
Pensamos que algumas ações de cunho cultural poderiam ser desenvolvidas naquelas imediações, levando-se em consideração a infra-instrutora do local, onde podemos encontrar quadras poliesportivas, uma Vela–Cultural, lanchonetes, lan-houses e outros espaços de interesse do público jovem. Ressaltamos ainda que exista na cidade uma gama de grupos teatrais e musicais que poderiam ser contratados para realizarem apresentações e desenvolverem projetos que oferecesse a esses jovens oportunidades de desenvolverem suas potencialidades ou no mínimo, de entretenimento.
Contudo o que percebemos é uma omissão do poder público e por que não dizer da sociedade como um todo. A Avenida Santa Luzia é uma das mais importantes da cidade e talvez a mais movimentada do Joaquim Romão, sendo assim pensamos: se em locais tão movimentados a situação é de calamidade e nas periferias, a quantas anda? Vale ainda ressaltar que não é só de crack que vive o comercio noturno da Santa Luzia, a prostituição também já tomou conta daquelas imediações. Até quando teremos que assistir nossos jovens estragando-se nas malhas da criminalidade e da prostituição em plena zona urbana de nossa cidade?


Membro do GAPS

domingo, 25 de setembro de 2011

A união faz a força

 


A união faz a força

"A vida em sociedade fica mais fácil se entendermos que dependemos uns dos outros para viver melhor" (Eugênio Mussak). 

É nessa perspectiva que nasce o Grupo de Ação Psicossocial da Criança e do Adolescente - GAPS, acreditando na potencialidade existente da união civil em prol do fazer cumprir as leis no que se referem às crianças e adolescentes brasileiros.